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BENJAMIN CONSTANT BOTELHO DE MAGALHÃES
"O BRASILEIRO"
"Mestre: sede o nosso guia em busca da
terra da promissão, o solo da liberdade" - Alunos da Escola Militar, em
manifesto, conclamando Benjamin Constant a liderá-los na insurreição
republicana.
No ano de 1767, na cidade Lausane, na Suíça, nascia Benjamin Constant,
"o francês", escritor e político que influenciaria o destino da França
com seu posicionamento liberal. Opositor e depois aliado de Napoleão,
participa da famosa batalha de Waterloo e presencia a queda do poder
imperial naquele país. O famoso romance "Adolfhe", sua obra prima, é
considerado uma das primeiras obras analíticas da literatura moderna. Em
1830, Benjamin Henri Constant de Rebecque morre em Paris, França,
deixando um grande legado como pensador, romancista e político
constitucionalista. Muito provavelmente tendo o nome em sua homenagem,
nascia em 18 de outubro de 1836, no Porto do Meyer, freguesia de São
Lourenço, Niterói/RJ, Benjamin Constant Botelho de Magalhães - Benjamin
Constant, "o brasileiro".
Personagem marcante da história de nosso país, tal qual o seu homônimo
francês, Benjamin Constant, abolicionista, líder da insurreição
republicana e "fundador da República Brasileira", influenciou grandes
alterações políticas e sociais no Brasil do final do século XIX.
Professor, astrônomo, doutor em matemática e ciências físicas, militar e
seguidor do pensamento positivista de Augusto Comte, Benjamin Constant
desempenhou um papel de fundamental relevância nos movimentos
abolicionistas e republicanos em nosso país.
Em 1854, iniciou sua carreira no magistério como explicador de
matemática elementar para os alunos da Escola Militar. Enquanto
lecionava nesta Escola, levou à jovem oficialidade o pensamento
republicano e os ideais positivistas, tendo sido transformado em mito no
meio militar da época.
Em plena efervescência do final do Segundo Império, funda o Clube
Militar, vindo, posteriormente a presidi-lo. Foi também professor da
Escola Normal do Rio de Janeiro, do Colégio Pedro II e da Escola
Superior de Guerra. Na carreira militar, após a proclamação da
República, chegou ao posto de General de Brigada.
Tendo entrado para o Imperial Instituto dos Meninos Cegos em 13 de
agosto de 1862, por Decreto Imperial, para exercer a função de professor
de matemática e ciência natural, após sete anos é convidado para assumir
a direção da instituição, onde ficou por mais 20 anos, de 1869 a 15 de
novembro de 1889. Dele só se afasta quando proclamada a República.
Benjamim passa a integrar seu primeiro governo, como Ministro da Guerra,
ocupando também, interinamente, a pasta da Instrução Pública, Correios e
Telégrafos. Em 1890, criada a Pasta da Instrução Pública, foi nomeado
seu Diretor. Havendo desentendimento entre Deodoro e o Ministro,
Benjamin acabou por deixar a política. Idealista, não conseguiu
adaptar-se à política. Manteve-se firme nas suas opiniões e jamais
deixou de defender seus ideais.
Foi ele quem criou na Bandeira Brasileira a divisa “Ordem e Progresso”.
Suas principais obras: Memórias sobre a Teoria das Quantidades Negativas
e Relatório sobre a Organização do Ensino dos Cegos.
Em 1991 o Imperial Instituto dos Meninos Cegos passa a se chamar
Instituto Benjamim Constant, em homenagem a esse ilustre brasileiro.
Em 16 de abril de 1863, casa-se com Dona Maria Joaquina da Costa, filha
do segundo diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, Dr. Cláudio
Luís da Costa.
Benjamin Constant Botelho de Magalhães morreu em extrema pobreza, na
data de 22 de janeiro de 1891, em Jurujuba, Niterói. Seu féretro foi
colocado sobre a mesa onde foram lavrados os primeiros atos do governo
provisório. Serviram-lhe de manto fúnebre as bandeiras que suas filhas
haviam bordado para as escolas militares, as primeiras bandeiras da
república, onde já se lia as palavras “Ordem e Progresso”.
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