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MOMENTOS ESPECIAIS

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus Pelos meus 64 anos (2009) bem vividos com saúde e muitas alegrias e, agradeço principalmente pela família que tenho.

Agradeço também a Gem, meu primeiro cão guia que foi durante 11 anos meu grande companheiro de todos os momentos. Gem morreu em 30 de dezembro de 2008 deixando uma saudade doce, meio amarga que alimenta meu coração.

A meus pais
Meu pai, Burech Rosenfeld, judeu russo, nascido em 1912, naturalizado brasileiro, falecido em 1984. Minha mãe, Polea Chlimper, depois Polea Rosenfeld, também judia russa, nascida em 1911, naturalizada brasileira, falecida em 1976. Meus pais foram os pais que todos gostariam de ter tido. Deles recebemos, meus irmãos e eu, muito amor, estabelecendo entre nós cinco, um vínculo de amizade e respeito, de carinho e união. Nossos pais deixaram a maior herança que puderam deixar, a saudade, o orgulho, a admiração que sempre está presente entre nós.

A meus irmãos
Judith e Isaac, mais do que irmãos, meus verdadeiros amigos. Juntos com papai e mamãe, compreenderam a grande mudança que ocorreu em nossas vidas quando fiquei cega.Foram e são meus grandes incentivadores, me dando coragem para enfrentar minha nova forma de viver.

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Isaac (irmão) e Ethel

Judith, na época com 16 anos, Isaac, com 10, dividiram com papai e mamãe os novos encargos que todos passaram a ter para suprir as minhas necessidades.

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Ethel recebe o Conjunto de medalhas Pedro Ernesto  com os
irmãos Isaac e Judith

Todos colaboraram para que eu continuasse a estudar e seguir minha vida.

A meus cunhados
David* e Eliane que também ultrapassaram a barreira do medo e do preconceito. Agradeço, principalmente pela confiança que juntos com Judith e Isaac, em mim depositaram, deixando sob meus cuidados as crianças quando se ausentavam. Para mim, mulher cega, foi super importante poder exercer o papel de "mãe" naqueles momentos.

Agradeço também ao Gregório,* segundo marido da Judith, que com sua bondade e alegria ganhou lugar e saudade em meu coração.

A meus sobrinhos
Danny, meu sobrinho e afilhado, filho de Judith e David, foi o primeiro e como primeiro, "cobaia". Com menos de 1 mês, tirei Danny do berço, preparei a banheira e ousei o primeiro banho sozinha. Quando me certifiquei de que estava sendo bem sucedida, chamei minha irmã para ver e, para minha surpresa ela disse: "Que bom! De agora em diante será sempre você quem vai dar banho nele." Fiquei muito feliz e foi assim que comecei a viver essa experiência.

Quando Danny começou a falar, ele me confundia com minha irmã e me chamava de "mamãe", eu tentava ensinar: tia Etinha... Mas ele, foi confundindo "tia Etinha" com "Titinha" "itinha" até que ficou "Etinha". Não consegui ser chamada de tia e os que o seguiram, conseqüentemente, também nunca me chamaram de tia mas, quando se referem a mim, dizem "minha tia".

O segundo foi o Alex, que tinha muito ciúme da minha irmã Judith em relação a mim. Interferia muito entre nós e não gostava quando ela me dava a mão, me ajudava a descer escadas, etc. Desde bem pequeno, sempre que tinha uma oportunidade, procurava me enganar: "Etinha, cuidado com a escada ..." não havia escada nenhuma ...

Numa manhã, nós estávamos em Teresópolis, cidade serrana do Estado do Rio, minha irmã havia vindo ao Rio visitar mamãe e eu fiquei com os meninos. Quando acordei, procurei por eles e não encontrei ninguém. Telefonei para uma vizinha para que ela me informasse se eles estavam brincando lá em baixo e, ela resolveu vir até nosso apartamento e ao entrar na sala, me disse em inglês: "...o menor, está escondido em baixo da mesa e aprontou uma armadilha com a cama no meio da sala para você tropeçar". Assim, era meu querido Alex. Com o tempo, ele entendeu melhor minha situação e passou a ter um comportamento diferente, de aceitação.

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Da esquerda para a direita: Danny, Ethel, Joana, Alex e Vicente

Anos depois, chegaram Joana, também minha afilhada, e Vicente, filhos do Isaac e Eliane. Com eles a experiência foi diferente. Em vez das crianças virem para minha casa, era eu quem me mudava para casa deles, quando meu irmão e minha cunhada tinham que viajar. Poucas vezes Jojô e Vi dormiram em minha casa. Lembro numa noite, quando Jojô ficou comigo e resolveu lavar alguns copos que estavam na pia. Foi um espanto! ela subiu num banquinho, encheu a pia com detergente e a espuma rolou pela cozinha. Numa noite em que eu estava na casa deles, quando chegava na sala, ouvi o Vivi dizendo para um amigo: "...sim, ela é minha tia, ela é cega, mas muito inteligente!"

Assim, eu teria muitas histórias, lembranças doces para contar. Mas não é esse meu objetivo. No momento quero apenas agradecer a meus irmãos e cunhados por sempre terem me olhado como uma pessoa igual e capaz. Essa confiança muito colaborou para meu crescimento e meu ótimo relacionamento com os quatro sobrinhos.

A meus tios e primos
A meus tios Michel* e Aninha* Chlimper, Jaime* e Sara* Rosenfeld, já falecidos. Além de muito carinho e amor, esses dois casais que não tiveram filhos, me presentearam em seus testamentos, garantndo-me minha moradia.

Sima Strachman de Napadenschi, hoje residindo no Peru, merece um destaque: nasceu minha prima, mas é minha irmã mais velha. Casada com Jascha, têm quatro filhos maravilhosos: Jessica, Amalia, Alex e Jerry com os quais tenho a mesma intimidade que tenho com meus sobrinhos diretos.

Meu primo Hory Chlimper, também residente no Peru, tem um lugar especial em meu coração. Até hoje, sempre que necessário, colabora para o meu bem estar. Estendo meu carinho a seus filhos, em particular ao querido Dudy.

Beca e Natan* Sterental, peruanos, meus "pais menores", como diziam... Lembro com carinho e saudade dos bons momentos que passamos juntos também com meus "irmãos menores" Estercita, Benny e Lili,* durante algumas férias de verão em Lima.

Eny Croitoru,* romena, casada com Jaime. Prima e grande amiga, que me ajudou muito durante meus estudos e em muitos outros momentos importantes. Ela se foi mas deixou Evelyn (filha), Rafael e Mariana (netos), que herdaram essa qualidade e vêm desempenhando o mesmo papel. Os três fazem parte do meu dia a dia.

Desculpem, os tios e primos que não destaquei, com certeza, não tinveram menos importância em minha vida mas, são tantos que ficaria aqui a vida toda comentando, comentando e tenho medo de ser injusta, esquecendo de mencionar algum deles.

Amo a todos e agradeço a cada um o amor e a ajuda incondicional que sempre me deram, em todos os momentos, em todas as situações.

*Em memória.
 

 
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