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Apresentando CIZAR, MEU NOVO CÃO GUIA!
Quase o perdi antes de começar!
Em primeiro de fevereiro de 2009, quando cheguei em casa com a boca
anestesiada, de um procedimento cirúrgico, cheia de dor e com
recomendação para ficar calada e colocar gelo no local, o telefone tocou
e ouvi: "... Hi Ethel, I'm Donald from de Guide Dog
Foundation for the Blind..." (Oi Ethel, sou Donald, da Fundação
de Cães Guias para Cegos), antes que ele continuasse, solicitei um
minuto e fui correndo à cozinha para tomar um analgésico, deixei a dor e
a recomendação do dentista para lá, a emoção era maior do que a dor.
Peguei no fone e ele prosseguiu: "Do you want a new guide dog?" (Você
quer um novo Cão Guia?) Com dificuldade para falar, apertei com a mão o
lábio e o queixo para minimizar a dor e respondi sem pensar: "yes, yes,
I want, I need..." (sim, sim, eu quero, eu preciso...). Ao mesmo tempo
que fiquei feliz, fiquei triste em me lembrar do meu Gemzinho, meu filho
e companheiro por 12 anos, que morreu em 30 de dezembro de 2008, apenas
há um mês, nessa data.
Não o queria substituir, ainda queria sofrer por ele. Esse sofrimento me aproximava dele, esse momento ainda era nosso, só nosso. Mas, eu sentia que um novo Cão Guia iria me ajudar muito, até na tristeza, assim, disse para o Donald que ainda não estava preparada para receber um novo Cão Guia e, imediatamente ele esclareceu que não era para o momento e sim, para abril e, que ele tinha um cão terminando o treinamento, com o meu perfil. Em 27 de abril de 2009 embarquei rumo a uma nova etapa da minha vida. Dois dias depois, conheci Cizar, um cão alto, longo, elegante com o pelo macio, bege claro com uma faixa meio dourada no dorso. Orelhas longas e macias e focinho também longo. Quando Donald e ele entraram no meu quarto, me abaixei, já chorando, muito emocionada e o abracei. Cizar, um jovem mestiço de labrador e golden retreaver, dócil, meigo e carinhoso, fez o reconhecimento do quarto e se deitou junto a mim, que estava sentada no chão. Conversamos um pouco e logo meu coração começou a bater com mais força, indicando que ele estava aberto para um novo relacionamento e que havia vaga para mais um filho.
Primeiro encontro de Ethel e Cizar
Começamos nosso treinamento e logo depois de uns 3/4 dias, entrei numa terrível depressão, muita saudade do Gem ... Numa quarta-feira, não quis levantar, não saí do quarto para o café e Mike, meu professor em 1997, adestrador do Gem, veio ao quarto para conversar comigo. Abraçada com ele, chorando muito eu disse: “... estou confusa, só penso no Gem, não consigo gostar do Cizar mas, quero gostar e não quero perdê-lo..." Com a habilidade do Mike, Donald e dos outros professores, fui superando a dor da saudade e Cizar com seu jeito alegre, moleque, brincalhão e sedutor, fora sua competência para o trabalho, começou a me conquistar. Ainda nos Estados Unidos, senti que já o amava. E hoje, três anos depois, sou completamente apaixonada por ele.
Ethel Cizar e os treinadores da GDF - Guide Dog Foundation
Quando chegamos em casa, na manhãzinha de 21 de maio de 2009, Marilda (que trabalha comigo há 10 anos) abriu a porta e nem deu para nos abraçarmos, porque ela tinha que controlar a emoção da Joy, Jully e Jujuba, minhas três gatinhas, Cizar também arrepiou e tive que agarrar firme na guia dele. Fiquei louca para pegar minhas gatinhas, estava morrendo de saudade delas, foram vinte e cinco dias que ficamos separadas mas, tive que conter meu desejo em prol de promover um feliz encontro entre elas e Cizar. Aos poucos, ao longo do dia, eles foram se entrosando e hoje, são amigos e convivem em harmonia, maravilhosamente bem. Quando me deito, todos começam a subir na minha cama e se acomodam nos seus cantinhos. Incrível como mantêm sempre os mesmos lugares. Uma vez ou outra, há uma disputa de novos lugares. Muitas vezes, Cizar está deitado na cama dele e Joy, que encontrou nele o mesmo carinho que tinha do Gem, se aninha junto a ele. Por incrível que pareça, eles são excelentes amigos. Às vezes, Jujuba e Jully também se enroscam nele. Eles se entrosam muito bem, tanto para as brincadeiras quanto para o carinho, é incrível como se beijam, acariciam e se lambem. São parceiros e cúmplices nas bagunças, elas andam pelos móveis e, de propósito, derrubam objetos no chão e Cizar, feliz e contente, os agarra e some com eles. Às vezes esses objetos reaparecem, quase totalmente destruídos e, às vezes não aparecem nunca mais ... concluímos que estão na barriga do grandão, que deve ser semelhante ao "Triângulo das Bermudas" (o que cai por lá, desaparece!!!).
Cizar e Anne (namorada) disputam um brinquedo na GDS
Cizar é um menino muito alegre, brincalhão, apesar de ter uma cama de verdade, conseguiu me enredar em sua ternura e garantiu um espaço na minha cama, Com seu jeito carinhoso de pousar a cabeça no meu peito e com o calor de seu olhar.
Este é o meu muito querido Cizar, muito carinhoso, amoroso, inteligente mas, não sei como nem por que, às vezes tem uma recaída e pensa que é uma gatinha e cisma de se aninhar no meu colo.
Ele assumiu com dignidade seu posto de "filho" e de "Cão Guia".
OBSERVAÇÃO:Cão Guia com letras maiúsculas para ressaltar o relevante trabalho que esses maravilhosos cães fazem
Abril de 2012
Quer saber mais sobre o cão guia?
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Ethel
apresenta o cão guia como é.
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