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A maioria dos indivíduos
sabe que as pessoas cegas utilizam um sistema especial de leitura tátil e
escrita. Mas o que ninguém poderá deixar de saber é que esse sistema tem o
nome de seu inventor - Louis Braille que é hoje profundamente distinguido
por sua criação.
Busto de Louis Braille
(exposto no hall do Instituto Benjamin Constant)
A sua história é a de um homem que conseguiu muito lentamente o
reconhecimento do valor de sua obra. Durante a maior parte da vida de
Louis Braille o seu sistema só foi conhecido na escola onde ele estudou e
foi professor. As pessoas relutaram muito em mudar os métodos
insatisfatórios usados para educar as pessoas cegas.
Foi somente no fim da vida de Braille que o uso do sistema que ele
inventou começou a expandir-se.
E mesmo assim, a significância de sua realização permaneceu obscura para o
mundo durante muitos anos.
Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, na pequena cidade francesa
de Coupvray, pertencente ao distrito de Seine-Marne, que se situa cerca de
quarenta e cinco quilômetros da cidade de Paris. Faleceu em Paris a 6 de
janeiro de 1852.
As dificuldades que ele enfrentou em seus estudos o levaram, desde cedo, a
preocupar-se com a possibilidade de criação de um sistema de escrita. O
interesse de outras pessoas, como Barbier, ofereceu uma série de
oportunidades para que Louis Braille criasse o seu sistema.
Charles Barbier, de la Serre, Capitão de Artilharia do exército de Louis
XIII, encontrava dificuldade em transmitir ordens durante a noite.
Elaborou, então, um sistema de sinais em relevo, os quais, combinados,
permitiam a transmissão das ordens militares. Assim, no escuro, os
subordinados decifravam as ordens superiores pelo tato. Esse sistema, que
se denominou "escrita noturna", consistia na combinação de pontos e traços
em relevo, que significavam ordens como: "Avance" etc.
Com o uso do sistema, Barbier pensou na possibilidade de seu processo
servir para a comunicação entre pessoas cegas. Transformou-o, então, num
sistema de escrita para cegos que denominou "Grafia Sonora".
O Sistema Barbier foi adotado no Instituto Nacional para Jovens Cegos onde Louis
Braille estudava e ele rapidamente aprendeu a usá-lo.
Adquirindo maior habilidade no uso do método, ele descobriu seus problemas
e começou a pensar em possíveis modificações. Começou, então, a trabalhar
num sistema novo que pudesse eliminar completamente os problemas da
"Grafia Sonora". Durante muitas noites experimentou incansavelmente sobre
a régua e o estilete que ele próprio inventou.
As férias chegaram e ele as passou em seu lar estudando o seu novo
sistema.Na reabertura das aulas em outubro de 1824, Louis Braille tinha
sua invenção pronta. Aos 15 anos de idade, ele inventou o Alfabeto Braille,
semelhante ao que se usa hoje, e obteve 63 combinações que representavam
todas as letras do alfabeto, acentuação, pontuação e sinais matemáticos.
Seu sistema foi experimentado no Instituto de Paris e Louis Braille teve
oportunidade de adotá-lo nas suas classes. Em 1829, foi feita a primeira
edição do Método de Palavras escritas, músicas e canções por meio de
sinais, para uso de cegos e adaptados para eles com a finalidade de
difundir e divulgar oficialmente o Sistema Braille.
No prefácio desse livro, Braille refere-se a Barbier: Se nós temos
vantagens de nosso método sobre o seu, devemos dizer em sua honra que seu
método deu-nos a primeira idéia sobre o nosso próprio.
A publicação desse método, que neste ano (1975) comemora seu 150ª aniversário,
veio possibilitar a divulgação do sistema que permite até os dias de hoje
e, talvez por todo o sempre, condições de integração social da pessoa
cega, através da comunicação. O Sistema Braille pode ser aplicado a
qualquer língua e é universalmente adotado como meio de escrita e leitura
tátil para pessoas cegas e cegas-surdas.
Frase de Louis Braille a seu pai: "Sem livros o cego não pode aprender".
(Texto de Dorina de Gouvea Nowill - Presidente da Fundação para o Livro do
Cego no Brasil)
O Sistema Braille:
Este sistema de leitura e de escrita tátil consiste no conjunto de seis
pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos cada uma. Os
seis pontos foram convencionalmente chamados de "cela Braille" e foram
numerados da seguinte forma: *Do alto para baixo, coluna da esquerda:
pontos 1, 2, e 3 *Do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4, 5 e 6
As diferentes disposições de pontos na cela Braille permitem a formação
de 63 combinações ou seja, símbolos Braille.
Outras personalidades: |
- Helen Keller |
- José Álvares de Azevedo |
- Benjamin Constant |
- Dorina de Gouvêa Nowill |
- José Antonio Borges |
- Instituto Benjamin Constant |
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