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ENTENDA AS DIFERENÇAS E NÃO TIRE CONCLUSÕES PRECIPITADAS
 

Muitas vezes deixamos de prestar ajuda a alguém pelo simples fato de não sabermos como fazer. A falta de informação, conhecimento dos recursos e possibilidades, e até mesmo a pressão do duro trabalho do dia-a-dia contribuem para isso. Gestos simples, pequenos cuidados e atenções podem fazer grande diferença na vida de uma pessoa com deficiência. Aceitando-a como ser humano completo e capaz, você estará ajudando essa pessoa a estudar, trabalhar, a ir em busca de um caminho para uma vida melhor.


Todos somos responsáveis e todos podemos fazer alguma coisa que torne mais fácil o caminho de alguém, lembrando sempre que:
O CONVÍVIO HUMANO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O PRÓPRIO VIVER.
 

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade."

Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948)
 
 

SOMOS TODOS IGUAIS?

Todos são iguais perante a Lei. Todos têm os mesmos deveres e direitos, porém, nem todos são reconhecidos e respeitados por suas diferenças.
As pessoas com a mesma deficiência, não são, necessariamente, iguais.
Cada pessoa é única em seu modo de pensar, sentir e querer.


BARREIRAS:

1. BARREIRA FÍSICA:
São as barreiras arquitetônicas, facilmente derrubadas. Depende apenas do desejo, do bom senso e da determinação em não mais permitir que sejam criadas ou mantidas.

2. BARREIRA ATITUDINAL:
As barreiras atitudinais são as mais difíceis de serem combatidas, eliminadas, pois dependem das pessoas entenderem e respeitarem as diferenças, aceitando as pessoas como elas são, sem querer modificá-las.

Lembre-se que a cadeira de rodas, a bengala longa, a muleta, o cão guia e outros, são equipamentos auxiliares e que não são mais importantes do que as pessoas que os utilizam. Enxergue a pessoa, o ser humano e não seu equipamento auxiliar.



PRECONCEITO:

“Preconceito é o juízo antecipado sem fundamento razoável; opinião formada sem reflexão”. (Dicionário da língua Portuguesa - Souza, S.E.)

A falta de esclarecimento e conhecimento levam ao preconceito. Antes de julgar, procure conhecer as potencialidades e as limitações de uma pessoa com deficiência.


QUEM É A PESSOA COM DEFICIÊNCIA?

São pessoas capazes, que estudam, trabalham, pagam impostos, se divertem e que devem ser respeitadas e ter garantido seus direitos de cidadão.
A deficiência não modifica o ser em sua essência, apenas o limita em alguns aspectos.


COMO AJUDAR?

Quando encontrar uma pessoa com deficiência, antes de qualquer coisa, pergunte:

• Gostaria de uma ajuda?
• Como eu posso ajudar?

Não se espante, nem se magoe se a pessoa dispensar seu oferecimento.
Isso não significa que ela é mal humorada, complexada, grosseira, apenas significa que ela, naquele momento, não precisa de ajuda.

Dica importante: Ao falar com uma pessoa com deficiência dirija-se sempre a ela e não ao seu acompanhante.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

As Pessoas com deficiência auditiva têm dificuldade de comunicar-se através da fala. Utilizam em geral, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e a linguagem gestual.
Fale de frente, e devagar com a pessoa surda, ela precisa ler seus lábios.
Não adianta gritar. As pessoas que nascem surdas ou que perderam a audição antes da aquisição da fala podem aprender a falar se devidamente estimuladas. São as chamadas pessoas surdas oralizadas. Também existem as pessoas que perdem a audição ao longo da vida e, naturalmente, continuam falando.

Observação: LIBRAS: Língua Brasileira de Sinais - É a segunda língua oficial de nosso país.


DEFICIÊNCIA VISUAL

As pessoas cegas, em geral, usam uma bengala longa ou um cão guia para se locomover. A comunicação com elas se dá basicamente através da fala.
É a partir dos sons e do diálogo que elas estabelecem contato com o mundo e se orientam.

Dicas importantes:

• Ao oferecer ajuda a uma pessoa cega, fale e toque suavemente em seu braço, para que saiba que você está se dirigindo a ela.

• Ao ajudá-la, não a segure pelo braço ou pela bengala, nem a coloque a sua frente. Simplesmente ofereça seu braço e fique um passo a frente dela.

• Quando falar com uma pessoa cega, não precisa gritar, em geral, ela escuta bem.

• Quando se dirigir a uma pessoa cega ou de baixa visão, fale com ela e não com seu acompanhante, ela escuta e sabe falar.

• Existem pessoas com baixa visão (cegueira parcial) que eventualmente podem precisar de ajuda.

• Não estranhe se essas pessoas anotarem ou lerem alguma informação, em alguns casos isso é possível, depende da patologia.

Existem patologias que reduzem, significativamente, a visão periférica (visão lateral), e a visão central fica preservada. É através da visão central que se processa a leitura.

Atenção!!!
Pessoas, orelhões, cestas coletoras de lixo, caixas de correio, bancas de camelô, fradinhos, floreiras, mendigos, poças, bueiros abertos, buracos, todo tipo de obstáculo aéreo e baixo, são os obstáculos mais comuns que as pessoas cegas enfrentam no seu dia-a-dia.

Algumas dicas de como você deve se comportar diante de um cão guia:

• Um cão guia deve ser respeitado em seu trabalho para que ele possa desempenhar sua função com eficiência e segurança para o time (pessoa cega + cão guia).

• Por favor, não chame nem acaricie o cão guia quando ele estiver trabalhando, ele pode se distrair e deixar a pessoa cega cair ou bater num obstáculo.

• Por favor, não ofereça alimentos ao cão guia, ele não pode comer quando está trabalhando. Em geral ele está bem alimentado e tem horário certo para comer.

• Se você perceber que a pessoa cega, mesmo acompanhada do cão guia, está precisando de uma ajuda extra, aproxime-se pelo lado direito dela, permitindo que o cão continue a esquerda dela.

• No Brasil já existe o Decreto 5.904/06 que regulamenta a Lei 11.126/05, que garante o ingresso e permanência da pessoa cega acompanhada de um cão guia, em todos os estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.

Foto da Ethel Rosenfeld conduzida por Cízar numa calçada sob uma árvore florida rosa.

PARALISIA CEREBRAL

Nem todas as pessoas com paralisia cerebral têm as mesmas características e necessidades. Na maioria das vezes suas limitações são apenas motoras, comprometendo seus movimentos e sua fala.
Em geral, apresentam um andar cambaleante e fala arrastada. São facilmente confundidas com pessoas com deficiência mental ou pessoas alcoolizadas.
Quando conversar com elas, tenha paciência e deixe-as terminarem de falar. Não atropele sua fala e não tente adivinhar o que elas querem dizer.
Só as ajude se for solicitado.


DEFICIÊNCIA MENTAL

A pessoa que tem deficiência mental apresenta um atraso no seu desenvol-vimento global: afetivo, cognitivo e motor. Necessita de estímulo que a auxilie em seus processos evolutivos, na capacidade de aprender, na construção de sua autonomia / independência e na relação com a sociedade.

Dicas importantes:

• Algumas têm autonomia suficiente para não dependerem de acompa-nhante.

• Algumas também estudam e chegam à universidade.

• Quando quiser falar com ela, trate-a com naturalidade, não a infantilize mais do que a própria deficiência.

• Fale com ela e não com seu acompanhante, ela responde naturalmente e, como qualquer pessoa gosta de conversar.

• É importante lembrar que deficiência mental não é doença mental.
A pessoa com doença mental, normalmente apresenta distúrbios de comportamento.

DEFICIÊNCIA FÍSICA

Algumas pessoas com deficiência física podem ter dificuldades de locomoção e de se movimentar. Algumas utilizam cadeira de rodas, muletas, bengala de apoio, andador e outros equipamentos.

Dicas importantes:

• Para ajudar a descer uma rampa, degrau alto ou uma escada, na cadeira de rodas, é sempre melhor usar a posição de "marcha ré", para que a pessoa não caia para frente.

• Para subir escadas ou rampas, também na posição de "marcha ré", incline a cadeira nas rodas traseiras, apoiando num degrau de cada vez.

• Se possível, é bom que duas pessoas ajudem nessas situações. A que estiver segurando no punho da cadeira, deve sempre ficar de costas para as escadas, degraus ou rampas e, a pessoa que ficar à frente, deverá apenas ficar atenta para auxiliar se for necessário.

• Não insista quando a pessoa se sentir apta para subir ou descer sem ajuda, algumas pessoas têm essa habilidade.

• Quem usa muletas ou outros equipamentos tem um ritmo próprio de caminhar. Só ajude se for solicitado.

Foto do Jefferson Maia, uma pessoa tetraplégica à direção de um carro com sua cadeira de rodas no banco ao lado.
Jefferson Maia

 


Algumas informações sobre deficiências:

- Entenda as diferenças e não tire conclusões precipitadas

- Sinais de Deficiência Visual
- Deficiência Visual: cegueira e baixa visão
- Mais de 314 milhões de deficientes visuais em todo o mundo
- Teste do Olhinho - como prevenir a cegueira!


- Definições da OMS - Organização Mundial de Saúde
- Algumas definições de deficiências

Se você precisa aprofundar seus conhecimentos sobre alguma questão abordada nessas páginas, por favor, envie um e-mail para mim que tentarei ajudá-lo.
Ethel@ethelrosenfeld.com.br

 
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